Políticas estaduais autônomas garantem segurança e estabilidade no agronegócio (Foto: aleksandarlittlewolf/Freepik)
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O agronegócio nos Estados Unidos tem se consolidado como um destino promissor para investidores brasileiros, oferecendo opções robustas em diferentes regiões e uma série de vantagens que vão desde a estrutura agrícola até os mecanismos de imigração. Com o crescente interesse de brasileiros em diversificar investimentos e assegurar maior estabilidade patrimonial, os Estados Unidos emergem como uma escolha estratégica para o agronegócio.

Estados mais promissores para investimentos

De acordo com Daniel Toledo, advogado especializado em Direito Internacional e fundador do escritório Toledo e Associados, tanto o clima quanto a infraestrutura influenciam diretamente na escolha da localização ideal para investimentos agrícolas nos EUA. A Flórida e a Geórgia, por exemplo, são líderes na produção de frutas cítricas, como laranjas, que abastecem o mercado global de sucos.

“A Flórida se destaca pela exportação de sucos, enquanto regiões como o Texas e o Arizona são ideais para a produção de forragem. Os cactos cultivados nesses estados são fundamentais para a alimentação animal, especialmente em ambientes de altas temperaturas”, explica Toledo. No entanto, ele ressalta que cada estado tem vantagens específicas que devem ser analisadas com atenção.

Louisiana e Alabama, por sua vez, oferecem estabilidade climática, garantindo uma produção mais previsível ao longo do ano. Essa característica é crucial para investidores que pretendem utilizar o agronegócio como base para processos de imigração, como o visto EB-5. Esse visto concede residência permanente nos EUA desde que o investimento seja capaz de gerar empregos locais de maneira sustentável.

Tipos de vistos para investidores agrícolas

Toledo destaca que há diferentes opções de vistos que permitem aos investidores administrarem diretamente seus negócios no setor agrícola americano. O visto EB-5 é um dos mais populares, exigindo um investimento substancial que resulte em geração de empregos locais. “É um caminho para a residência permanente, mas é necessário estar atento às exigências específicas de cada programa”, comenta o advogado.

Outro tipo de visto, o E-2, é destinado a investidores de países com tratados comerciais com os EUA, como Portugal. Brasileiros que possuem cidadania secundária de países elegíveis podem aproveitar essa modalidade para gerenciar diretamente seus empreendimentos no setor agrícola. “A análise do tipo de visto mais adequado deve levar em conta o perfil do investidor, o montante investido e o planejamento de longo prazo”, detalha Toledo.

O efeito das políticas regionais no agronegócio

Um ponto de grande relevância para os investidores no agronegócio americano é a autonomia das políticas estaduais. Mesmo em períodos eleitorais, como o atual, cada estado mantém certo grau de independência na gestão de suas legislações. Toledo explica que essa autonomia permite uma maior estabilidade para quem decide investir no agronegócio. “As políticas estaduais são mais determinantes do que as decisões do governo federal, o que reduz o risco de instabilidade política nos negócios agrícolas”, enfatiza.

Por exemplo, estados com administrações favoráveis ao agronegócio podem garantir um ambiente mais seguro para os investidores, mesmo quando o cenário político federal passa por mudanças significativas. Isso proporciona uma tranquilidade adicional para aqueles que estão focados na operação contínua de suas atividades no setor.

Perspectivas para brasileiros

Investir no agronegócio dos EUA não só garante acesso a um dos mercados agrícolas mais dinâmicos do mundo como também oferece oportunidades de imigração. Toledo enfatiza que, com uma análise detalhada e uma boa gestão, é possível criar um negócio alinhado às exigências dos vistos e às expectativas de retorno. “O importante é considerar todos os aspectos legais e operacionais para assegurar que o investimento seja seguro e sustentável”, finaliza.

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