Visto de estudante para os EUA exige planejamento antecipado (Foto: drobotdean/Freepik)
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Estudar nos Estados Unidos continua sendo o objetivo de muitos brasileiros. De acordo com dados da Embaixada dos EUA no Brasil, mais de 7.200 brasileiros obtiveram o visto F-1 em 2023. O visto é direcionado a quem busca estudar em instituições certificadas nos Estados Unidos.

Mesmo em períodos mais restritivos, como no governo Trump, os EUA mantiveram as portas abertas para estudantes internacionais. Segundo o advogado Guilherme Vieira, CEO da On Set Consultoria Internacional, o país depende da presença desses estudantes para movimentar sua economia educacional. “Mesmo em períodos mais restritivos, como no governo Trump, os Estados Unidos nunca fecharam as portas para o ensino internacional”, afirmou.

Tipos de visto de estudante disponíveis para brasileiros

Atualmente, três categorias principais de visto atendem estudantes brasileiros:

  • F-1 – É o mais comum. Destinado a quem vai cursar programas acadêmicos em universidades, escolas de idiomas ou colégios. Durante o curso, o estudante pode trabalhar até 20 horas semanais no campus. Além disso, após um ano, é possível ingressar em programas como CPT (Curricular Practical Training) e OPT (Optional Practical Training).
  • M-1 – Indicado para cursos técnicos e profissionalizantes, como design gráfico, culinária ou mecânica.
  • J-1 – Voltado para intercambistas em programas de pesquisa, ensino ou treinamento, incluindo au pairs, professores e assistentes de pesquisa.

Todos exigem matrícula em instituição reconhecida pelo governo dos EUA, além da comprovação de capacidade financeira.

Processo de solicitação do visto envolve etapas e prazos

Para iniciar o processo, é necessário obter uma carta de aceitação da instituição educacional. Com esse documento, a escola emitirá o Formulário I-20. O estudante deverá então pagar a taxa SEVIS (US$ 350), além da taxa consular (US$ 185), preencher o formulário DS-160 e agendar a entrevista no consulado.

Segundo Vieira, é fundamental atenção aos prazos. “A negativa pode ocorrer por inconsistência nas informações ou falta de documentação pessoal ou financeira adequada”, explica. Por isso, recomenda-se iniciar o planejamento com pelo menos seis meses de antecedência.

Permissões de trabalho são atrativos para brasileiros

Entre os benefícios mais valorizados por estudantes brasileiros estão as permissões de trabalho oferecidas nos programas F-1. O CPT permite o estágio durante o curso, enquanto o OPT libera o trabalho remunerado após a conclusão. Em áreas STEM, o prazo pode chegar a 36 meses.

Além disso, os estudantes buscam universidades renomadas, contato com o inglês em contexto real, mobilidade interna facilitada e oportunidades de networking global.

“Entender as permissões de trabalho durante os estudos é um diferencial competitivo”, afirma o especialista. Contudo, ele reforça que tudo deve ser realizado conforme as regras de imigração.

Consultoria especializada pode evitar erros no processo

Diante da complexidade do processo, a On Set Consultoria Internacional recomenda contar com orientação profissional. “É essencial ter suporte qualificado com estratégia personalizada”, destaca o CEO da empresa.

O planejamento antecipado também facilita a identificação de oportunidades, como bolsas e condições especiais. Dessa forma, o estudante pode tomar decisões mais seguras e eficazes para seu futuro acadêmico e profissional.

Brasileiros seguem investindo em qualificação internacional

Segundo Vieira, o número de brasileiros interessados em estudar nos EUA cresce não apenas nas universidades, mas também em cursos técnicos, high school, programas de intercâmbio e escolas de idiomas. A busca por qualificação internacional tem sido vista como um investimento de longo prazo.

“Muitos estudantes enxergam isso como uma oportunidade de ampliar horizontes e agregar valor à carreira”, afirmou.

Por fim, a recomendação principal para quem deseja iniciar esse processo é buscar informações atualizadas e contar com apoio especializado. Isso pode garantir mais chances de sucesso e menos riscos durante a jornada acadêmica no exterior.

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