Fontana di Trevi: Roma propõe restrições ao acesso para combater mergulhos

Prática está sujeita a multa de 450 euros e banimento da cidade.

Fontana Di Trevi, em Roma, na Itália (Foto: timmz/Pixabay)
Fontana Di Trevi, em Roma, na Itália (Foto: timmz/Pixabay)
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O secretário de Turismo de Roma, Alessandro Onorato, manifestou preocupação com a crescente prática de mergulhos ilegais na Fontana di Trevi e sugeriu a implementação de restrições para controlar o acesso de visitantes ao monumento histórico.

“É um espetáculo indecente, pura barbárie. Chegou o momento de colocar limites. Contamos com a ajuda concreta dos ministérios da Cultura e do Interior”, afirmou.

Uma das principais propostas é limitar o número de visitantes na parte mais interna das escadas que levam à fonte, embora o entorno fique lotado, especialmente durante as épocas de maior afluência turística, como no verão europeu, entre junho e setembro.

Essa medida começou a ser debatida após um incidente ocorrido na última quinta-feira, 27 de julho, quando um homem foi filmado mergulhando à noite, sob aplausos dos presentes.

A penalidade para a prática é pesada, incluindo uma multa de 450 euros (R$ 2,3 mil) e o banimento da cidade, conhecido como “Daspo urbana”.

Apesar disso, a prática não é incomum entre turistas, seja por brincadeira, desinformação, calor ou em busca de 15 minutos de fama.

No mês passado, por exemplo, um policial precisou entrar na água para remover uma mulher e acabou sendo agredido por ela.

Essa prática tem raízes artísticas, remetendo a uma cena do clássico do cinema “La Dolce Vita” (A Doce Vida, em português), de Federico Fellini, em que a personagem Sylvia, interpretada por Anita Ekberg, também se banha na Fontana di Trevi.

Para o secretário de Turismo, essa prática gera publicidade negativa para a cidade de Roma e representa um risco concreto para monumentos de valor incalculável: “Não é tolerável que o enésimo turista prejudique o patrimônio histórico-cultural de nossa cidade e ignore nossas leis. Devemos estudar as soluções mais adequadas”.

“As multas, vigilâncias, processos e pedidos já não adiantam. Os turistas não podem fazer o que quiserem impunemente, precisamos de respeito e precisamos preservar verdadeiramente os lugares mais preciosos do mundo. Esse não é o turismo que merecemos e precisamos”, concluiu Onorato.

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