O Alentejo, no sul de Portugal, consolida-se como destino para brasileiros que buscam experiências culturais, gastronômicas e sensoriais ligadas ao azeite. Enquanto muitos turistas já associam a região aos vinhos e castelos, novas rotas atraem visitantes para conhecer o chamado “ouro líquido”. A produção de azeite no Alentejo responde por cerca de 70% do total português e impulsiona a modalidade do olivoturismo.
O que é o ‘olivoturismo’ no Alentejo
O olivoturismo envolve vivências em olivais, visitas a lagares, provas sensoriais e atividades ligadas à produção de azeite. No Alentejo, a cultura da oliveira se destaca há séculos, com olivais tradicionais e modernos convivendo lado a lado. O azeite integra a culinária e a identidade local, tornando-se o centro de roteiros que unem história e tradição.
Além disso, o visitante pode participar de diferentes atividades durante o ano. Desde oficinas de colheita da azeitona até passeios guiados pelas propriedades rurais, as experiências prometem aproximar o turista da rotina do campo e do processo produtivo.
Principais destinos do olivoturismo na região
A rota do olivoturismo inclui locais como o Museu do Azeite de Moura, também conhecido como Lagar de Varas do Fojo. O espaço resgata o processo artesanal de extração com prensas tradicionais, detalhando cada etapa da produção histórica do azeite. No Lagar do Marmelo, da marca Oliveira da Serra, em Ferreira do Alentejo, os visitantes conhecem a estrutura tecnológica usada para a produção em larga escala.
Tours completos também acontecem na Herdade do Esporão, em Reguengos de Monsaraz, e na Cooperativa Agrícola de Moura e Barrancos, em Moura. As visitas incluem provas orientadas de azeites, explicações técnicas sobre as variedades de oliveiras e integração com a gastronomia e os vinhos do Alentejo.
Experiências artesanais e imersivas nos olivais
No roteiro, pequenos produtores artesanais abrem suas portas para grupos interessados em experiências intimistas. A Casa Relvas e a Quinta do Quetzal, ambas em Vidigueira, e a Courela do Zambujeiro, em Redondo, oferecem passeios pelos olivais, oficinas de colheita e provas sensoriais. Nessas visitas, o turista observa de perto as práticas sustentáveis e a hospitalidade típica da região.
Ainda nessa linha, o visitante pode acompanhar todo o ciclo da azeitona, do campo ao lagar. As oficinas de colheita, realizadas durante a safra, mostram o cuidado e a dedicação dos produtores, enquanto as degustações ensinam a identificar diferentes notas sensoriais presentes nos azeites.
Hospedagem com vivências ligadas ao azeite
Muitos hotéis e herdades ampliam a experiência do olivoturismo, incluindo atividades exclusivas para os hóspedes. No São Lourenço do Barrocal, em Monsaraz, e no Convento do Espinheiro Hotel & Spa, em Évora, as programações vão desde passeios entre oliveiras até tratamentos de bem-estar com azeite. Na Herdade da Malhadinha Nova, em Beja, o visitante encontra menus harmonizados, visitas guiadas aos olivais e degustações orientadas.
Além disso, algumas propriedades oferecem atividades para toda a família, tornando o olivoturismo uma opção de lazer para diferentes perfis de viajantes.
Memórias e sabores levados na bagagem
A proposta do olivoturismo no Alentejo é envolver todos os sentidos do visitante. Durante as experiências, o público aprende sobre variedades autóctones de oliveiras, técnicas de extração e harmonização de azeites. Segundo organizadores locais, “o contato direto com o processo produtivo permite valorizar o trabalho dos produtores e a diversidade do azeite alentejano”.
No fim da viagem, além das garrafas de azeite extra-virgem, o turista leva memórias ligadas à terra, ao sabor e à tradição. Por isso, o Alentejo se posiciona como uma aposta diferenciada para o brasileiro que valoriza a cultura local.
Olivoturismo no Alentejo como tendência para brasileiros
Com roteiros estruturados, produtores abertos à visitação e hospitalidade reconhecida, o olivoturismo se apresenta como nova tendência entre os brasileiros que buscam destinos autênticos. O viajante encontra no Alentejo uma oportunidade para experimentar a cultura portuguesa sob outra perspectiva, explorando vivências que vão além dos circuitos convencionais.
Nesse contexto, o segmento ganha força e passa a integrar o portfólio de atrações do interior de Portugal, conectando turismo, gastronomia e tradição em uma só experiência.
