Milhares de brasileiros chegam a Portugal todos os anos buscando novas experiências ligadas à história, gastronomia e paisagens do país. No entanto, muitos optam por explorar a Península de Setúbal, reconhecida pela sua tradição enológica e importância histórica. Ali, por volta de 2.000 a.C., surgiram as primeiras vinhas da Península Ibérica.
Nos últimos anos, a região consolidou-se como destino para quem deseja conhecer a produção de vinhos, visitar monumentos e participar de atividades culturais. Dessa forma, a Rota de Vinhos da Península de Setúbal se destaca ao reunir tradição, inovação e roteiros personalizados.
Rota 6 – Jardins de Vinhas é destaque na programação
Este ano, o circuito oferece novidades para os visitantes. O novo percurso pedestre Rota 6, batizado de Jardins de Vinhas proporciona um roteiro a pé com degustações e contato direto com a natureza. O trajeto começa na aldeia de Fernando Pó, onde a Fernão Pó Adega apresenta a tradição vinícola local.
Na sequência, a Casa DuPó abre suas portas para tours e provas de vinhos. Logo após, o roteiro leva os participantes à adega Filipe Palhoça Vinhos, que oferece a possibilidade de degustar o Moscatel de Setúbal, um dos vinhos mais emblemáticos da região.
Com duração média de três horas, a caminhada contempla ainda visitas guiadas à Casa Ermelinda Freitas e à Quinta do Monte Alegre. De acordo com Henrique Soares, presidente da Comissão Vitivinícola Regional da Península de Setúbal, “O roteiro pedestre é envolvido pelo silêncio. Um silêncio cheio de notas que estimula a percepção da paisagem. Pensado para que os visitantes contemplem o ambiente, detenham o olhar nas videiras e descubram a marcante paisagem de Fernando Pó”.
Enoturismo: experiências interativas em vinícolas e museus
A programação vai além das caminhadas. Os turistas encontram cursos de vinhos, degustações e visitas a monumentos e sítios históricos. Na Casa Museu José Maria da Fonseca, por exemplo, o programa inclui o Wine Blending. Nesse momento, os participantes aprendem sobre castas, solos e técnicas enológicas. Em seguida, podem criar, personalizar e assinar um rótulo próprio, levando para casa o blend produzido.
A Caça ao Tesouro é outra atração na Casa Museu José Maria da Fonseca. Divididos em equipes, os visitantes buscam um tesouro digital com ajuda de coordenadas GPS, em uma experiência que explora a história do Moscatel de Setúbal. Ainda no local, acontece a Ioga no Jardim, onde os participantes praticam a atividade com vista para as vinhas, além de realizarem visita guiada à edificação e participarem de provas de vinhos.
Atividades sensoriais e pedagógicas completam o roteiro
A Adega Museu da Bacalhôa integra o roteiro com atividades sensoriais e interativas. O Jogo do Vinho desafia grupos a criar um vinho usando blends de três castas. A atividade inclui a definição de nome, perfil do produto, análise sensorial e concepção de rótulo. Visitas guiadas às exposições da Adega Museu e ao Palácio da Bacalhôa também fazem parte do circuito.
Na Casa Ermelinda Freitas, o destaque é o tour pedagógico. Os visitantes descobrem e provam as castas típicas da região, ampliando o conhecimento sobre a diversidade local. Já na Herdade de Espirra, o mês de setembro marca a abertura das portas para a participação na colheita e na pisa das uvas, atividade que termina com visita guiada e prova de vinhos.
Informações e inscrições para a Rota de Vinhos da Península de Setúbal
A programação completa, com detalhes das experiências, horários e valores, está disponível no site rotavinhospsetubal.com. A plataforma também apresenta opções para inscrição nas atividades, permitindo ao visitante montar o próprio roteiro de acordo com seus interesses.
A ‘Rota de Vinhos da Península de Setúbal’ mantém o compromisso de valorizar a tradição vinícola e promover experiências para diferentes públicos. Ao unir história, enoturismo e práticas inovadoras, a região segue atraindo brasileiros interessados em conhecer o legado do vinho em Portugal.
