O visto português para nômade digital, implementado em outubro de 2022, celebra seu primeiro ano de existência, destacando-se como uma opção popular, especialmente entre brasileiros e norte-americanos. Esta modalidade foi concebida para atender à crescente demanda por flexibilidade no trabalho, intensificada durante a pandemia. Antes restrito principalmente ao setor de tecnologia, o trabalho remoto se expandiu para profissionais como fotógrafos, tradutores e professores online.
Segundo o “Relatório Global de Tendências Migratórias 2022” da Fragomen, aproximadamente 35 milhões de pessoas se identificam como nômades digitais. O Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal revelou que desde a implementação do visto, em outubro de 2022, cerca de 200 vistos para nômades digitais foram emitidos até janeiro de 2023.
Marcelo Rubin, advogado e sócio-fundador do Clube do Passaporte, uma consultoria especializada em cidadania europeia e vistos para Portugal, destaca a positividade do período, notando a adaptação da economia regional para atender a esse novo público. Ele menciona a Digital Nomad Village na Ilha da Madeira como um exemplo, oferecendo espaços de trabalho e lazer para atrair nômades digitais.
A pesquisa “The MBO Partners 2022 State of Independence” destaca que o número de nômades digitais com empregos tradicionais aumentou 9% em 2022, totalizando 11,1 milhões. O crescimento também é observado entre freelancers e prestadores de serviços independentes, com um aumento de 14% em relação a 2022.
Embora o visto para nômades digitais tenha sido inicialmente concebido como uma resposta ao fenômeno do home office durante a pandemia, sua demanda persiste, demonstrando sua relevância mesmo após a normalização da situação de saúde. Rubin sugere melhorias na agilidade dos trâmites, destacando a contínua tendência de aumento nos pedidos e o impacto positivo que esse visto teve no público-alvo.
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